Como mudar a vida de uma hora para outra?
Essa era a pergunta que eu sempre me fazia, eu estava com mais de 30 anos, trabalhando em uma multinacional no segmento de diagnóstico em vitro, que na época detinha o maior market share no Brasil. Havia feito uma carreira promissora, com um excelente salário, inclusive para os dias de hoje e tinha desafios constantes. Mas, eu não estava nenhum pouco feliz! Ah! Eu também havia cumprido todos os requisitos impostos pela sociedade, me formei em Direito, fiz 4 pós graduações em universidade de primeira linha e estava terminando meu tão sonhado mestrado em Políticas Públicas.
Talvez você também possa reconhecer a minha história como sendo parte da sua. Muito prazer, eu sou a Roseanny, uma pessoa que ama aprender, odeia rotina e é enlouquecida por viajar, conhecer culturas e pessoas. Acho importante cultivar amizades e nunca acho que estou velha para romper desafios, estou longe de ser perfeita, tenho medo de muitas coisas, mas aprendi com Ana Fontes, que devo colocar o medo debaixo do braço e ir com medo mesmo, mas nessa época nem conhecia essa mulher.
Como eu não estava satisfeita com o que eu vivia, um dia me desabafei com uma das diretoras da empresa e sobre a orientação delafui fazer coach, como aval do presidente da empresa. Eu sempre tive muita dificuldade de dividir problemas com as pessoas, pois isso eu que tinha que resolver, mas eu precisava de ajuda. E ambos notaram que eu estava no meu limite, esses foram meus anjos que serei eternamente grata por toda minha existência.
Ao longo do coach busquei autoconhecimento, ponto fortes e fracos, desenvolver métricas para médio e longo prazo e lá decidi iniciar meu processo para transição de carreira.Durante 2 longos anos, eu ia uma vez por semana tentar me entender, mas eu ficava paralisada de medo e insegurança em tomar uma atitude.
Passado esse período fiz uma viagem e lá encontrei um amigo que me deu um estalo, ou você muda, ou vai ser infeliz. Voltei da viagem com tudo planejado, pedi uma reunião com meu superior direto que disse que preferia não dar continuidade a minha solicitação e falou para eu despachar com o diretor da área. Não tive dúvidas, eu escolhi ser FELIZ, comecei a negociar minha saída da empresa com um acordo, apresentei minhas razões, demonstrei com números benefícios que a empresa ia ter em fazer meu desligamento, agradeci pelo aprendizado e esperei uma resposta.
Nesse período deixei tudo organizado, delegando atribuições para garantir o período de transição e tive o aval do desligamento recebendo por todo tempo que estive dedicado ali. Foi nesse exato momento que percebi a capacidade de convencimento que eu tinha.
Planejei um ano sabático dedicado 6 meses para aprendizado e 6 meses para o terceiro setor, porque depois eu ia com certeza trabalhar em ação humanitária na Faixa de Gaza, através da ONU ou alguma organização nessa linha.Você deve imaginar! Bem então ela tinha uma situação econômica muito favorável, provavelmente alguém por detrás de tudo isso bancando. Nada disso! Meus pais já tinham falecido há alguns anos, meus irmãos cada qual buscavam seu lugar ao sol. Eu tinha sim me planejado financeiramente para aquele momento.
Como toda história que se preza, muitas águas rolaram e nem tudo sai da forma como esperamos. Um amigo que passou a ser o administrador da empresa me convenceu que eu tinha o tino para negócio e que precisava abrir uma empresa.
E ai tudo foi transformando e tomando forma, voltei para os bancos escolares, era cursos no Sebrae, Endeaver, encontros de empreendedorismo feitos pela PME, qualquer treinamento da área, a gente se enfiava, trocava experiência, perguntava, perguntava, perguntava e não parava ai.
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