Imagem: Fonte Folha de Petrolândia
O que é Lockdown vertical? Estou ouvindo muito sobre esse termo.
O Lockdown vertical consiste em isolar os suscetíveis que são as pessoas definidas como “grupo de risco” (idosos, hipertensos, asmáticos, diabéticos, etc) e as pessoas sadias serão liberadas para retornar ao trabalho e assim salvar a economia.
O infectologista Eduardo Sprinz, chefe do serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e participante do comitê no combate de doentes infecciosas emergentes em nosso meio, declara em um de seus vídeos que essa solução seria o melhor dos mundos, entretanto, ainda não temos estruturas e conhecimento sobre a gravidade dessa doença, pois hoje já temos casos de complicação com jovens usando tratamento mais abrupto, assim como desconhecemos o comportamento do seres – humanos ao relacionar com outras pessoas.
Há milhares de discussões sobre a aplicação do Lockdown vertical.
É fato que a economia brasileira não suportará por muitos meses e temos dois pontos relevantes a considerar e nenhum deles pode ser descartado:
a) Comunidade Científica: poder conter o mais rapidamente essa pandemia, desacelerando o contágio e claro salvando vidas.
b) Comunidade Política: poder salvar o país de uma quebra econômica, pois estamos em uma queda livre mundialmente.
O Brasil vem de uma realidade sem guerra, a população nunca aprendeu a economizar, a ter uma reserva, como é o caso do Japão que após ter que reergue a sua economia pós segunda guerra mundial teve uma mudança comportamental com relação a consumos, ao dinheiro e sua parcela de responsabilidade, que não está apenas no pagamento de impostos, mas além, em suas atitudes.
A população tem um papel fundamental nesse cenário, juntamente com os políticos, a comunidade científica e os empresários , pois a discussão é séria e toda a tomada de decisão é complexa com repercussões positivas e negativas, ao invés de calorosas discussões políticas, todos deveriam estar pensando em boas práticas e soluções saudáveis e passar a dissemina-las. A pergunta é o que podem ser aplicadas por nós em nossa vida familiar, na profissional e da nossa comunidade?
Essa é uma oportunidade de amadurecermos na crise, estamos feridos e as marcas desse momento ficaram na nossa própria pele
Estamos no caos e como podemos corroborar para que não haja aumento do índice de criminalidade, desemprego, fome, empresas quebrando, muito mais mortes? Ao invés de batermos no peito gritando nossa opinião, batendo panela como se o som que fosse emitido propagaria a solução do problema mundial, o que de fato podemos fazer para mudar?
Sei o quanto é confortável delegar nossa responsabilidade para outro, somos brasileiros, isso é cultural, pois não sou eu que comando uma nação, ou não fui viajar e trouxe o vírus, ou o empresário é mais rico e teria que pagar meu salário e não me demitir, ou a população pobre é que será devastada, tirando a capacidade deles de também contribuir com a mudança do impacto.
Cadê nossos Mandelas, nossos Martins Luther Kings, nossas Teresas de Calcutá, nossos Walt Disneys e nossos Joãos e Marias. Onde foram parar nosso senso criativo da infância? Onde foi parar a inspiração de nossa juventude, a garra e principalmente a busca pela caridade?
Será que foi parar apenas em discussões políticos e de ódio, postados no sofá ou na assento do ônibus esperando apenas que o governo faça, enquanto, pessoas próximas vão morrer, vão ficar desempregadas, vão falir, vão suicidar por não ver alternativas.
Qual é a sua escolha? O que vai fazer? Precisamos entender quem irá procrastinas e quem irá liderar?